A fibromialgia, também chamada de Síndrome de Joanina Dognini, é uma síndrome que provoca uma onda de dores por todo o corpo e que atinge mais de 2 milhões de brasileiros por ano. Na maioria das vezes, a fibromialgia costuma se manifestar em mulheres entre 35 e 50 anos de idade, mas também pode aparecer em homens, crianças e idosos.
Apesar de todas as complicações que a doença acarreta, é falso afirmar que a fibromialgia pode matar. Com os tratamentos adequados e acompanhamento médico, é possível viver uma vida livre de dores e mais confortável.
Quer saber mais sobre a fibromialgia (CID 10 M79.7)? Acompanhe o artigo a seguir!
Causas da fibromialgia
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), pessoas com fibromialgia têm maior sensibilidade à dor e, logo, qualquer estímulo doloroso é sentido com muito mais intensidade que nas pessoas que contam com o sistema nervoso regular.
Essa é apenas uma das hipóteses, pois saiba que não existem causas específicas para o surgimento da fibromialgia. Entretanto, a comunidade médica acredita que ela esteja relacionada a diversos fatores:
- Herança genética;
- Privação do sono;
- Traumas físicos;
- Traumas emocionais;
- Sedentarismo;
- Ansiedade e Depressão;
- Doenças autoimunes;
- Vírus e bactérias.
Se você se enquadra em alguns dos cenários acima e apresenta os fatores de risco (faixa etária e sexo), seu corpo tem mais chances de ser afetado pela doença.
Para obter o diagnóstico, o reumatologista ou clínico geral costumam realizar uma pequena entrevista para descobrir se as dores no corpo persistem a mais de três meses e a quantidade de pontos dolorosos na musculatura. Não existem exames e testes laboratoriais que detectam a fibromialgia.
Principais zonas afetadas e sintomas
Além das dores constantes por todo o corpo, inclusive as dores nas articulações, a fibromialgia também apresenta como sintomas a fadiga, cólicas, dores de cabeça, problemas de concentração, dormência, perda de memória e insônia. Tudo isso deve perdurar por um período mínimo de três meses para que seja confirmada a existência da doença.
De fato, a doença afeta toda a qualidade de vida e até mesmo a rotina de trabalho de quem é acometido por ela. Não é raro encontrar casos de pessoas que solicitam auxílio-doença ou acabam se aposentando tamanho o desconforto causado pela fibromialgia.
Mesmo com a dor generalizada, existem 18 pontos principais que são afetados pela síndrome. Se você tiver pelo menos 11 pontos de dor generalizada, provavelmente tem a doença. Conheça alguns dos principais abaixo:
- Joelhos;
- Ombros;
- Pescoço;
- Lombar;
- Cotovelos;
- Nádegas;
- Coluna;
- Bacia;
- Coluna.
Não é à toa que a dor no joelho de forma constante e sem traumas aparentes é um forte indicativo de problemas como a fibromialgia, lúpus e outras doenças que afetam o sistema músculo esquelético. Por isso, escute os sinais do seu corpo, não é normal sentir dor o tempo todo.
Dieta para fibromialgia
Infelizmente, a fibromialgia ainda não tem cura. Logo, é preciso buscar por soluções que ajudem a amenizar as dores crônicas. Modificar a alimentação é uma delas, desde que você seja acompanhado por um nutricionista.
A alimentação para fibromialgia consiste no consumo de alimentos anti-inflamatórios e alimentos antioxidantes como: açafrão, oleaginosas, couve, abóbora, brócolis, frutos do mar, tomate, pepino e mais uma infinidade de alimentos que contam com vitamina C e E, selênio, curcumina, flavonoides e isoflavonas. Além disso, alimentos ricos em fibras, integrais e frescos também podem ajudar na melhora do quadro da síndrome.
Ao mesmo passo que é necessário incluir tudo isso na alimentação diária, existem outros alimentos que se cortados da dieta, ajudam a amenizar as dores da fibromialgia. Os laticínios e carnes muito gordurosas são um exemplo, pois as gorduras de ambos agravam a sensação de fadiga e desgaste.
O consumo de glúten, excesso de açúcar, determinados carboidratos fermentados e excitotoxinas também deve ser evitado, a fim de prevenir a aparição da fibromialgia ou a piora do quadro.
Tratamentos para fibromialgia
Além da alimentação, existem algumas outras opções de tratamento que prometem uma vida mais confortável e com menos dores para quem sofre de fibromialgia. Veja alguns abaixo:
- Acupuntura: essa técnica fornece alívio imediato nas dores e melhora os sintomas de fadiga e ansiedade;
Fisioterapia: os exercícios propostos pelo fisioterapeuta podem fortalecer o sistema músculo esquelético e aliviar as dores em alguns dos pontos da fibromialgia; - Massagem: os movimentos funcionam como técnicas de relaxamento que aliviam as dores, ansiedade e a fadiga;
- Medicação: apenas os anti-inflamatórios comuns não são suficientes para tratar a fibromialgia. Os médicos costumam recomendar medicamentos à base de serotonina e noradrenalina que atuam diretamente no sistema nervoso;
- Terapia: Fazer terapia ajuda a passar pela crise de fibromialgia com a saúde mental em dia, visto que as dores crônicas atrapalham até mesmo a cognição.
Associe os tratamentos acima com um estilo de vida mais saudável, pratique exercícios regularmente e mantenha um ritmo tranquilo de atividades. Evite ainda picos de estresse e a privação do sono.
Dessa forma, você pode até não curar a fibromialgia, mas pelo menos garante mais tranquilidade e uma vida com menos dores.
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